terça-feira, 3 de maio de 2011

Mister ou Peixe

A Osmar Soares

Se te amo, meu amigo, não é por querer

E não se assuste quando te digo – nem sempre ao pé do ouvido

Deste abrigo que me obriga a tanto amar.


É que meus olhos estão em dívida com as ondas

E meus pés correm sozinhos sobre as pedras da Lavradio

As mãos se contorcem em anotar rimas repetidas

E quando atento ao velho samba, ao novo samba, quiçá

Você está lá, aqui, em todo o lugar.


Não cabe recusa no meu peito

Que do teu lado é só Guanabara

E isto com ares de encargo, de suave fardo

É a tua ginga, é todo o mar navegado.

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