A Osmar Soares
Se te amo, meu amigo, não é por querer
E não se assuste quando te digo – nem sempre ao pé do ouvido
Deste abrigo que me obriga a tanto amar.
É que meus olhos estão em dívida com as ondas
E meus pés correm sozinhos sobre as pedras da Lavradio
As mãos se contorcem em anotar rimas repetidas
E quando atento ao velho samba, ao novo samba, quiçá
Você está lá, aqui, em todo o lugar.
Não cabe recusa no meu peito
Que do teu lado é só Guanabara
E isto com ares de encargo, de suave fardo
É a tua ginga, é todo o mar navegado.
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