segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Lida *

Se essas linhas tão somente se estendessem pelo branco luminoso – ao passo em que pálido, quase sedento de mentiras ou finais felizes – ou se essas esbeltas bailarinas que uniformemente dançam, ansiosas por minhas confissões tortas (e tortuosas, sim!), já que de ser tão humana, as reparo certas demais p’ras minhas letras em desordem. Se tais protagonistas que dispensam a abertura das cortinas para celebrarem o espetáculo (e tanta minúcia teve que estar aqui. A razão? Sim, rotineiramente desconheço.), se elas não me inquietassem de tal maneira a conseguirem – com a maestria que não teve sequer a minha garganta – trazer a minha alma, eu não hesito em dizer que desconheço o que de mim seria. Claro, eu só tenho como me imaginar [d]escrita. Temerosamente ou não, é como eu me coloco no mundo.


*título sentido por Milka, sempre com o toque de inspiração que me falta.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Participação Especial

‘Qual a diabrura, que loucura empregaste pr'eu ficar afim
Quantas cartomantes consultaste pra me seduzir?
Foi brilho de lua que roubaste pra brilhar teus olhos tanto assim
Que magia pura foi aquela que eu não soube mais como dormir
É que eu passei a noite inteira sem te ver
E sem compreender, estava do teu lado
Sei que fui lograda por não ter estado
Mas que pude fazer?
Mas que pude fazer?
Quantos idiomas tu usaste pra me traduzir?
Mostre a Monalisa de onde tiras o sorriso que me faz batom. . .
Diga, por favor, como me inspiras a sonhar com algo assim tão bom...’


Sem sucesso quando o intento é trazer pras linhas - tortuosas - o que enche meu peito de ar e me tira o fôlego - simultaneamente, sim - chamo Sérgio Sampaio pra vir em meu auxílio.
Sempre tem um poeta pra advogar a causa dos amantes.