Do outro lado do muro o poeta se sentia dentro,
no centro:
De onde disseminava implacáveis partículas sólidas de vantagem.
Afinal - pensava ele junto aos pombos, aqueles seus amigos das manhãs –
Sou poeta e pela força do meu verso, de tanto maldizer, bendito me tornei.
Engano!
À míngua de supor haver aplausos escondidos atrás das cortinas que nunca se abrem
Ele comprazia-se em fazer dos dias meras linhas prostitutas que se davam a qualquer amor.
Mas vieram as noites frias como algozes dos tempos idos, cafetinas implacáveis
Agiotarem o trovador!
Que sem ter como dar conta pagou-lhes com pomposa nudez:
Despiu-se de sua poesia e entregou-se aos afetos da fome.
Poesia não enche barriga.
ResponderExcluirMuito interessante o blog !
ResponderExcluirÉ bom ver cada dia que passa mais originalidade nessa Blogosfera
HAHA ;) !
Deixo o meu aqui caso queira dar uma olhada, seguir...;
www.bolgdoano.blogspot.com
Muito Obrigada, desde já !