Quando me sentei diante do papel para escrever esse texto, juro, não sabia sequer a primeira letra que deveria colocar aqui. Eu só tinha uma certeza: No dia 19 de fevereiro algo parecido com um presente de aniversário deveria estar disposto em palavras com clareza suficiente para a leitura e entendimento de um quase-engenheiro não muito dado às abstrações literárias. Missão complicada, confesso. Mas, munida do descompromisso com as normas cultas e rompendo os laços fraternos com a ABNT, vou em frente nessa arriscada empreitada. E mãos à obra [trocadilho infame aludindo à profissão do bem-dito].
A idéia de presenteá-lo, Felipe [ sim, Felipe é o nome do felizardo homenageado por essa obra-prima da literatura brasileira contemporânea], surgiu de três fatores principais: Da falta de havaianas do Vasco nessa província de cidade (tsc), da falência múltipla dos bolsos da universitária que assinará o texto que segue [condição temporária, garanto. Visto que – em breve – não só o presenteado se tornará mega-multi-milionário] e - principalmente – da minha inquietação em ter de escrever sobre quem, de um jeito ou de outro [ e eu nem sempre sei por qual razão exatamente], é importante o bastante pra merecer { não sei se merecimento é a palavra...} o que, de melhor eu posso dar – verdades em versos soltos.
De agora em diante, pouca coisa há de ser dita. Afinal, não é fácil – nem pra uma tagarela convicta como eu – dizer sobre uma ligação tão meteórica. Minha vida seguia o seu fluxo frenético e colorido quando ele, como num passe de mágica, surgiu de alguma cartola encantada. Não foram necessários mais que três dias [é, gente, pode assustar, três dias!] pra que esse vascaíno filho de botafoguense { minhas condolências dobradas} passasse a figurar entre o elenco dos meus protagonistas.
Como ele conseguiu? Fácil. Me pegou (?!) em dias de caridade [/blasé]. Tá, isso é mentira. As piadas sem graça, as implicâncias desnecessárias, o jeito pretensioso de afirmar que tem uma leitura excepcional das pessoas, os apelidos mais ridículos que alguém pode inventar, as vãs tentativas de me tirar, a auto-afirmação hilária, tudo isso é mérito dele. E, pasmem, tem mais! É gostoso confiar nele, por que é um sentimento que a gente sabe que é devido. É agradável olhar pra maneira com que ele quer as coisas e vai –obstinada e incansavelmente – atrás delas. É bom perder tempo com as nossas conversas aparentemente improdutivas mas que produzem – instantaneamente – uma sensação de leveza de que as pessoas queridas vão nos acompanhar de perto, nem que seja só observando discretamente e nos desejando – com sinceridade – sorte. Ele me ensinou a gostar de Coldplay, a ter algum interesse por filme Hollywoodyano. Ele compartilha comigo o gosto pela língua portuguesa bem escrita e até aprendeu a ouvir Zeca Baleiro. E, de quebra, me apresentou uma família que faz a gente se sentir de casa no primeiro dia de visita {beijomeligatiagisele}.
Bem, pra presente de aniversário, tá bom isso aqui. E em cada linha se pode notar como é genuína essa amizade que tem uma carinha bonita de que vai longe. É, Felipe, esse é um texto tão nosso, tão idiossincrático [graças a mim você sabe o que significa isso. Por nada.] que talvez ninguém mais entenda. Não me importo, o que me vale é a paz de poder contar, sem medo de errar, o que já é parte certa dos meus registros eternizados. E sim, você é o aluno do sétimo período de Engenharia Civil da UnB que eu mais gosto [ me apresente outros].
Acho que já vi esse texto em algum lugar!
ResponderExcluirsrsrs
Brincadêera...
Seus textos são ótimos menina!
Parabéns!
Eu nunca duvidei do seu sucesso!
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Beijos.
Saudades!