Digo-te com a boca que amaldiçoa o dizer: Vá!
Indico-te a porta impetuosamente com as mãos
e sinto quase que por atrofiarem-se os meus braços
que estando esticados e irredutíveis em despedirem-se de ti
clamam por contornar teus ossos, tua carne, teus pêlos.
E tu, amado meu, como se atreve a ser tão tolo?
Dando crédito ao meu palavrório vão
Tu sequer percebes que amordaça o meu corpo
Que grita por ser teu!
E com as costas dadas aos meus olhos
Encerras a porta atrás de ti: - Adeus!
Despeço-me de mim
pois que em vez de ti, amigo meu,
sou eu que estou na rua.
Quem tem estilo diz o clichê sem sê-lo.
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