quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Bendito Maldizer ou Nota Sobre Baudelaire e Amigos

Mais tortos que os amantes de Geni

E com aqueles olhos de criança pobre e viciada

Ocasionalmente perdida na Oscar Freire – ou na Atlântica;

Esses pobres coitados são incansáveis em insultar a boa fama!


Rabiscam cá e acolá mazelas desconhecidas,

Risivelmente granjeiam o labor, o ócio e a desgraça.

- gracejando- sempre,

Como se fosse de bom tom tragar e trair.


Duvidosa é a moral e ébrio o discursar afogueado dessa gente

(de causar rubor até naqueles que falaciosamente se riem de fardas e fidelidade)

A inquietação com a ordem lhes é como sarna inflamada

Outrossim: Não seria blasfêmia achincalhá-los de cães sarnentos e resmungões

Ou tão somente miseráveis da pequena-burguesia pálida- a falsear-se preta.


Doutro modo, amigos, minto!

São estes calhordas , os poète maudit,

a espalhar dichotes de inconformidade e rancor

que devolvem ao mundo o giro.

7 comentários:

  1. Principalmente em "(de causar rubor até naqueles que falaciosamente se riem de fardas e fidelidade)"

    hahaha torindo/ q-

    "...Não seria blasfêmia achincalhá-los de cães sarnentos e resmungões
    Ou tão somente miseráveis da pequena-burguesia pálida..."

    Ta, parei.

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  2. Interessante teu espírito contestador e o forte senso crítico, geralmente os poemas femininos são tão carregados de romantismo do lirismo, não que isso não seja bom e necessário, mas você é diferente. Parabéns pelo espaço e pelos versos poetisa,

    um cordial abraço.

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